segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A Energia que nos Consome

Raul Barcellos, falecido em março de 2003 com quase 90 anos, foi um médico carioca que passou metade da vida demonstrando clinicamente que os sintomas do câncer podem ser revertidos através de dieta, eliminação dos vermes, desintoxicação e recuperação da qualidade do sangue. Um resumo do que ele explica: o câncer pode ser causado por uma série de fatores, genéticos ou adquiridos. Os genéticos se deveriam a um problema qualquer nos genes, unidades hereditárias situadas no cromossomo que determinam as características do indivíduo e que estão sendo estudadas agora. Os fatores adquiridos podem vir através da radiação (de todos os tipos, inclusive solar), da poluição química do ar, da água e do solo, dos campos eletromagnéticos à nossa volta, do stress que provoca excesso de oxidação no organismo, da comida, da bebida, das drogas - mas, principalmente, das lesões causadas pelos vermes que vivem muito tempo dentro do hospedeiro. Existem basicamente quatro tipos de câncer: carcinomas, sarcomas, linfomas e leucemia. Carcinomas surgem na pele, nas membranas mucosas, nas glândulas e na maioria dos órgãos. Sarcomas surgem nos ossos, músculos e tecidos conectivos. Linfomas são a forma de câncer do sistema linfático. Leucemia é o câncer do sangue. Dentro desses quatro tipos há mais de cem variedades de câncer. Mas todo câncer começa pequenininho. Uma turminha de células anormais escapa de ser vista e comida pelo sistema imunológico, e como células adoram se multiplicar, elas crescem formando um tecido anormal. Falta a elas a intervenção do sistema imunológico, e falta também uma parte do código genético que diz ao tecido quando ele deve parar de crescer. Cada célula carrega dentro de si o código genético apropriado dentro de uma molécula minúscula chamada DNA, ou ácido desoxirribonucléico. Faz parte de sua natureza coletar nutrientes na corrente sangüínea de acordo com seu DNA, e entre esses nutrientes estão os aminoácidos que se agrupam em combinações diferentes para formar proteínas. Todas as proteínas derivam de alguma combinação de aminoácidos. Sua principal função (mas não a única) é formar tecidos. Osso é tecido, sangue é tecido, cabelo é tecido, assim como pele, membrana mucosa, unha, músculo, tendão, nervo. A proteína forma a trama e os outros nutrientes a preenchem. O sangue vai passando com a matéria-prima e as células de cada tipo de tecido - inclusive do sangue e da linfa - vão recolhendo aquilo de que precisam para sua renovação, ao mesmo tempo que jogam de volta à corrente sangüínea aminoácidos e outras substâncias que estiverem sobrando, numa espécie de respiração celular. No caso do câncer, segundo o dr. Barcellos, as células prejudicadas recolhem do sangue os aminoácidos errados. Por isso, só tem um jeito: impedir esses aminoácidos de estarem lá, através de uma dieta muito especializada. Começa aí a regressão do tumor. Ao mesmo tempo, a degeneração do tecido canceroso aumenta a descarga de resíduos tóxicos no sangue. Daí a importância que o dr. Barcellos dá à desintoxicação. Veja os alimentos cujas proteínas ele afirma que fazem crescer tumores: leite e derivados carnes de porco, lagosta, camarão feijão de qualquer tipo, ervilha, lentilha, grão-de-bico, vagem, feijão-verde, soja e seus subprodutos, broto de feijão batata-inglesa, batata-doce, batata-baroa (mandioquinha), cará, inhame, aipim/mandioca (e farinha de mandioca) aveia, abacate, castanha portuguesa vitamina C sintética Para desintoxicar Três cápsulas diárias de 200 mg de metionina, que se encontra em farmácias de manipulação, para tomar com as refeições. Metionina e cisteína são aminoácidos que contêm enxofre, e enxofre é desintoxicante do fígado e dos rins. Tiamina e biotina, que são vitaminas, também têm enxofre. Metionina se encontra em ovo de galinha, leite humano e de vaca*, carne de boi; enxofre em couve, couve-de-bruxelas, brócolis, repolho, espinafre, nabo, couve-flor com as folhas, todos cozidos e em porções generosas, e no agrião cru; biotina em fígado de galinha, fígado de boi, gema de ovo, e tiamina (vitamina B1) em pinhões, farinha de trigo-sarraceno integral, farinha de trigo integral, farinha de soja*, quínoa, kefir, levedo de cerveja, sementes de girassol, milho verde, germe de trigo. A absorção de biotina e tiamina é impedida ou reduzida na presença de álcool, avidina (proteína da clara crua do ovo), cafeína, sulfa, oxidação. * = alimentos proibidos na dieta do dr. Barcellos. O caldo de alga kombu é muito valorizado por seu alto teor desintoxicante, nutritivo, regulador da flora intestinal, bom contra hipertensão arterial. Para obter o melhor sabor não se deve ferver a alga, já que o calor faz com que os polissacarídeos se desmanchem e liberem substâncias desagradáveis ao paladar; basta deixar a alga de molho em água limpa, fria, durante duas horas, para obter um extrato contendo quantidades importantes de manitol, iodo, cálcio, magnésio e ácido sulfúrico. A alga é então retirada e usada em refogados rápidos, ou simplesmente cortada e temperada com shoyu, ou serve para enrolar bolinhos, ou volta para a própria sopa, etc. O caldo, puro ou complementado com macarrão e vegetais previamente cozidos, deve ser aquecido somente até o ponto anterior à fervura. Misso (massa salgada de soja, gostosa e nutritiva) é o tempero tradicional desse caldo; como é proibido na dieta do dr. Barcellos, use um pouquinho de sal. O suco de aloe vera (um tipo de babosa) também é grande desintoxicante dos intestinos, do fígado e dos rins. Sobre os vermes A gente acha que só crianças e animais têm, o que é uma ilusão perigosa. Vermes entram no organismo o tempo todo através de mãos, água, beijos e alimentos contaminados. Se tiverem permissão para ficar, vão se reproduzindo, avançam pelas correntes sanguínea e linfática e alojam-se em centros vitais como coração, fígado, vesícula biliar, pâncreas, baço, olhos e cérebro, bem como no rssto todo do corpo. Podem produzir constipação, diarreia, gases, flatulência, síndrome do cólon irritável, dores musculares e articulares, problemas de pele, distúrbios do sono, fadiga crônica e quadros graves de convulsões, vertigens, cefaléias, pseudo-meningites, anemia profunda, gastrite crônica, gripes, resfriados, sinusites, alergias e disfunções imunológicas em geral. Muitas doenças podem ser diagnosticadas equivocadamente quando o médico não conhece a sintomatologia das parasitoses.O dr. Barcellos ressalta a capacidade dos vermes em provocar lesões e deficiência nos vários tecidos do organismo, oferecendo ambiente propício à formação das neoplasias malignas. Vermes destróem células mais rápido do que elas conseguem se regenerar; liberam toxinas que danificam os tecidos e as células, produzindo dores e inflamações; com o tempo deprimem e exaurem o sistema imunológico. O dr. Barcellos destaca os helmintos cestóides (tênias solium, saginata e nana), as lombrigas (ascaris lumbricoides), o oxiúro vermicular e a triquina. Uma cientista canadense, a Dra. Hulda Clark, afirma que 100% dos pacientes de câncer têm vermes, sobretudo um helminto trematódeo chamado fascíola (fasciolopsis buskii) que se aloja no fígado. Seu trabalho está em .

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Precisava fazer uma terapia. Do tipo que ninguém fosse saber, por isso escrevo aqui. Sei que não tenho seguidores fiéis e a chance de alguém ler é uma em cem milhões. Assim, cumpro os dois papéis: assumo publicamente a minha tristeza e a mantenho longe da luz, tudo de uma tacada só. Jogada de mestre! Dói saber que do tudo que imaginei que seria, muito pouco, quase nada, sou. Não me lembro de sonhos. Acho que nunca os tive. Só vivi um dia após o outro e hoje sou assim, avessa ao sistema, sem condição de interagir produtivamente com ele. Minha poesia se foi, minhas palavras doces secaram, meu amor é descrente. O que eu mais desejo hoje? Que as pessoas ao meu redor, as bem próximas, sejam felizes e realizadas. Mas eu não ajudo muito para isso. Tenho um histórico de aprendizagem baseada no medo. Nasci e logo depois passei a sentir medo. De acordar, de dormir, de falar com estranhos, de comer fora de casa, de sorrir, de olhar nos olhos, de ser inadequada, de não conseguir ter amigos, de ser egoísta, de ser boba, de ser fracassada... Medo de enfrentar a vida de peito aberto. E medo de passar esse conjunto pesado para meus filhos. Porquê tanto medo? Porquê não me livro dele? Meu medo do momento é ter sido desleal e injusta com uma pessoa que não merecia. Ela está começando a vida agora e que direito eu tenho de jogar em cima dela a minha frustração pessoal. Mas eu fiz isso! Estamos em silêncio. Eu e ela. Trocamos algumas palavras cordiais que disfarçam a nossa dor individual. Eu sinto isso. Está assim neste momento. Eu causei essa situação com uma frase mal colocada, que trouxe para nossa relação o medo, meu velho conhecido. Sou uma idiota e queria deixar publicamente claro!

sexta-feira, 9 de março de 2012

A Energia dos Alimentos


Alimentos Nutracêuticos
A alimentação natural é a farmácia (diga-se de passagem, “barata”) que trata da sua saúde. Mas o que poucas pessoas têm conhecimento é que substâncias que compõem determinados alimentos, chamados nutracêuticos ou funcionais, podem prevenir e até mesmo tratar vários tipos de doenças.
Os nutracêuticos são alimentos, ou parte deles, que têm a capacidade comprovada de proporcionar benefícios à saúde, como a prevenção e tratamento de doenças. O termo nutracêutico vem de “nutri”, nutriente e “cêutico”, de farmacêutico, ou seja, alimentos que nutrem e trazem saúde. É a medicina natural tratando da saúde das pessoas e prevenindo as doenças.
Na verdade, todo alimento natural (aquele que não foi processado industrialmente) pode ser classificado como "funcional" já que contêm, em doses variáveis, componentes essenciais à nossa saúde, como vitaminas, minerais, enzimas, fibras, etc. Porém, certos alimentos contêm, além destes, outros componentes com grande capacidade protetora da saúde. Alguns exemplos:
• Água Mineral - A água é uns dos elementos fundamentais para a existência do homem, é um dos principais componentes do organismo, cerca de 60 a 70% do corpo de um adulto, ela participa da composição de todos os líquidos e células, desempenhando funções importantes no metabolismo normal, por exemplo: dissolvendo e veiculando vários nutrientes fornecidos na alimentação, assim como as toxinas e outros elementos que deram ser eliminados do organismo,regulando a temperatura corpórea etc. Muitos problemas de saúde da população estão relacionados à água (comum). São doenças provocadas por vírus, bactérias, protozoários e helmintos (“vermes”) ou por agentes químicos presentes na água, geralmente, resultado da poluição. Consuma água de qualidade. Pense que a água é um grande preventivo das doenças. Não compre água mineral em postos de gasolina (ela pode estar contaminada). Os refrigerantes são considerados “água morta” por não serem naturais.
• Sal marinho - substitua o sal refinado pelo sal marinho. Como o Dr. Marcio Bontempo disse: “o sal marinho contém cerca de 84 elementos que são, não obstante, eliminados ou extraídos para a comercialização durante o processo industrial para a produção do sal refinado. Perde-se então enxofre, bromo, magnésio, cálcio e outros menos importantes, que, no entanto, representam excelente fonte de lucro. Uma indústria que esteja lucrando com a extração desses elementos do sal bruto é geralmente poderosa e possui a sua forma de controle sobre as autoridades. É claro que será então dada muita ênfase à importância do sal refinado empobrecido e pouca ao sal puro, integral abominado.” O sal marinho tem cristais maiores que o sal refinado, portanto, utilize a mesma quantidade de sal marinho (somente aguarde mais tempo para experimentar a comida - para que os cristais de sal se dissolvam adequadamente).
•Açúcar Natural - substitua o açúcar refinado pelo açúcar natural (garapa, melado, rapadura, açúcar mascavo). O melado é um dos alimentos que mais contém ferro na natureza. A cana de açúcar é originária da Índia. Uma planta selvagem que começou a ser cultivada em jardins e dela tirava-se a água de açúcar, que depois foi se transformando no próprio açúcar, considerado, então, um remédio que aparecia nas receitas dos médicos orientais. O uso do açúcar como alimento começou depois, por volta do século X, na Índia e na China. Ele foi trazido pelos árabes para a Europa e no século XV já era um dos principais produtos comercializados pelos povos do Mediterrâneo. Neste período, os portugueses passaram a dominar as técnicas do fabrico do açúcar em suas ilhas atlânticas - Açores, Madeira, São Tomé e Príncipe - e logo as trouxeram para o Brasil. Nos anos de 1800, não se ouvia falar em diabetes; os escravos viviam da rapadura, farinha de mandioca e carne seca (até hoje consumida pela população carente brasileira, especialmente, dos Estados do Norte e Nordeste).
• Arroz Integral - substitua gradualmente o arroz branco pelo integral ou farelo de arroz. O arroz integral é envolto por uma película que é justamente o que o mantém integral. Esta película segura o germe do grão que juntos formam uma dupla designada farelo. Podemos então considerá-lo um alimento funcional. O arroz branco, por sua vez, não contém esta película porque ela foi retirada no processo da refinação. Portanto, este arroz não contém farelo, não podendo ser indicado como alimento funcional. Cozinhe-o, de preferência, em água e sal apenas.
• Farelos (de arroz, aveia, soja e trigo) - ricos em fibras. Estimulam o funcionamento intestinal, reduzem o colesterol. Os farelos são ricos em vários compostos ativos, entre eles as fibras (que estimulam o funcionamento intestinal), os fitatos (que protegem o organismo do depósito de chumbo (trabalho do Dr. Jaime-Amaya - Unicamp), os ácidos graxos insaturados, as proteínas e vitaminas B1, principalmente. Duas colheres de sopa de farelo por dia é o suficiente. Misture com leite, suco, frutas, etc., no café da manhã, no almoço com o arroz e o feijão, no jantar, etc.
• Óleo de Girassol - substitua o seu óleo de soja pelo óleo de girassol. O que diferencia o óleo de Girassol dos outros óleos é a concentração de ácidos graxos. Os ácidos graxos que interessam sob o ponto de vista da nutrição, são os insaturados oléico, linolênico e linoléico, principalmente este último capaz de dissolver e eliminar o excesso de colesterol no organismo, deixando-o na taxa normal. A concentração de ácido linoléico no girassol é de 62,2% enquanto há 21,1% de óleo oléico. Essa característica garante ao óleo de girassol propriedades altamente reguladoras nas doenças cardíacas. Procure no supermercado óleo de girassol de primeira prensagem a frio: é um pouco mais caro que os de soja e girassol comuns, mas de melhor qualidade.
• Vinagre de Maçã - substitua o seu vinagre de vinho, de álcool, etc. Este ingrediente tem a sua eficácia na redução de peso, na redução da celulite e na desintoxicação do organismo. Mas o vinagre de maçã também apresenta muitos outros benefícios para a saúde, tais como, redução do colesterol, promoção de uma boa circulação sanguínea, melhoria do metabolismo, facilitação da digestão e contribuição para a manutenção de uma pele saudável. Procure o vinagre de maçã natural.
• Chá verde (green-tea) - rico em polifenóis que previnem o câncer e doenças do coração. Tome-o quente, porém, não fervendo. Todo chá depois de pronto, com o passar do tempo, vai fermentando e perdendo as suas qualidades.
• Vegetais crucíferos (brócolis, repolho, couve-de-bruxelas, rabanete, couve-flor) - possuem grandes quantidades de glicosinolatos que previnem o câncer. Procure os alimentos orgânicos – sem agrotóxicos e com muito mais sais minerais e vitaminas.
• Consuma frutas cítricas - (ricas em limoneno) que previnem o câncer e fortalecem o sistema imunológico.
• Alho e a cebola - contem alicina e aliína e estimulam o sistema imune, são varredores de radicais livres; reduzem colesterol e triglicérides. A cebola de melhor qualidade é a vermelha/roxa.
• Produtos lácteos (iogurte, queijo, ricota) substitua o leite pelos produtos lácteos. Eles são pré e probióticos e melhoram a flora bacteriana. O kefir (que é o coalho de leite) possui mais de 20 colônias de lactobacilos que auxiliam muito a flora intestinal.
• Linhaça - (que contém lignana) modula o sistema imune, reduz o colesterol e diminui o risco de doenças cardiovasculares. Compre a linhaça em grão e bata no liquidificador a quantidade que você vai ingerir no dia.
Esta é uma pequena parcela dos produtos nutracêuticos e o que eles podem fazer por você, pela sua família. Sabemos que o hábito alimentar não se muda “da noite para o dia”. Mas, ele pode ser modulado e implementado no decorrer do tempo. Mude aos poucos... os benefícios serão enormes.
(fonte: http://www.ahau.org/alimentos_nutraceuti.0.html)

quarta-feira, 7 de março de 2012

A Energia do Desapego


Largue... Largue agora o que te mata, o que te sufoca!
Largue num rio, largue num lago, mas largue!
Em hebraico “largar” é Tashlich, o nome de um ritual que é realizado à beira de um local com água e peixes.
Sabe quando se está esgotada? Limitada por tantas energias negativas?
Jogue tudo na água... na água que contém peixes.
Você deseja que suas orações cheguem aos céus?
As águas refletem o céu e a palavra água - Maim - está na palavra Céu (Sha-maim). A água é a fonte maior, renovadora e purificadora da vida. Ela recicla, renova e transforma.
O local com peixes traz a esperança da reciclagem, os olhos que estão sempre alertas, atentos a tudo.
O Ritual nos conscientiza de que devemos trabalhar o desapego, deixar ir embora as amarras, as doenças, aquilo a que nos “grudamos”. Deixar ir é desfazer-se de uma identidade que não é sua para que uma nova pessoa possa vir a ser. Há sempre algo novo surgindo, mas que você só verá quando criar o espaço!
É preciso largar para receber.
É preciso aprender a não se apegar a nada para receber e ascender cada vez mais.
Assim seja!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

A Energia da Autocura


No início do século XX, Albert Einstein já sinalizava que matéria e energia são dois lados da mesma moeda quando postulou sua Teoria da Relatividade. A partir de então começamos a observar os fenômenos de uma forma diferente que a proposta cartesiana vigente e que nos acompanha, de certa forma, até os dias de hoje.
Mas foi a compreensão do ser humano como um ser de energia, composto por mais corpos que o físico, que abriu as portas e o caminho para o surgimento da Medicina Vibracional.
Os orientais há milênios têm essa visão e compreensão do mundo e do ser humano. Para eles, a vida é uma manifestação energética que se expressa de maneira dual: masculino/feminino, sol/lua, homem/mulher, noite/dia, matéria/energia, entre outras, sendo a matéria uma manifestação da energia e vice-versa. Podemos concluir, então, que tudo é matéria e energia ao mesmo tempo, o que diferencia uma forma de manifestação da outra, nada mais é que a sua vibração ou densidade. Quando densa ou com baixa vibração, é matéria e quando sutil ou com alta vibração, é energia não-visível, por assim dizer.
E é neste sentido que a Medicina Vibracional compreende o homem, os animais, plantas, enfim, tudo que faz parte do Universo: seres de matéria e energia. E essas duas dimensões são partes de um mesmo todo, apenas qualitativamente diferenciadas.
A Medicina Oficial, alopática, especializou-se na manifestação densa da energia no ser humano e nos animais, o corpo físico-orgânico compreendendo suas leis bioquímicas, fisiológicas, anatômicas. Sua forma de aplicar o tratamento é condizente com sua maneira de ver e compreender esse universo. Para tanto, utiliza-se de drogas químicas, cirurgias, dentre outros recursos. Ou seja, a Medicina Oficial trata a matéria com a matéria.
Já a Medicina Vibracional compreende o ser humano de forma integral. Este ser é um todo bioenergético, onde não há divisões entre as manifestações densas e sutis, entre a mente e corpo, entre a matéria e a energia. Sua forma de tratar é coerente com sua visão, ou seja, ela trata a energia por meio de estímulos energéticos. Nesta visão, o homem é um todo físico-orgânico e energético, sendo que esse aspecto sutil pode ser compreendido como sendo o psíquico e o espiritual. Se especificarmos ainda mais, o psíquico pode ser dividido em emocional e mental. O ser humano é, portanto, um todo físico-orgânico, emocional, mental e espiritual.
De acordo com esta visão, sendo o ser humano uma manifestação e expressão da energia, a Medicina Vibracional vai focalizar sua atenção no aspecto sutil do homem. É nesta dimensão que tudo acontece: a saúde e a doença, o equilíbrio e o desequilíbrio, a harmonia e a desarmonia. Como a origem de tudo está na energia, o homem começa a adoecer ou a se curar nos níveis psíquico e espiritual, mas, só posteriormente a doença ou a saúde irão se manifestar no nível físico. O aspecto energético é composto das emoções e dos pensamentos que, por sua vez, geram os comportamentos.
Da mesma forma que a Medicina Oficial é condizente com seus pressupostos, ou seja, trata a matéria com a matéria, a Medicina Vibracional também o é, tratando a energia com a energia, buscando o equilíbrio energético através de várias técnicas terapêuticas como Homeopatia, Fitoterapia, Cromoterapia, Reiki, Florais, Óleos Essenciais, Argiloterapia, Bioenergética, Radiestesia, Cristais, dentre outras. Todas estas técnicas visam, acima de tudo, ao equilíbrio dos aspectos sutis e utilizam estímulos energéticos em seus tratamentos.
Logo, se a origem de tudo está na energia e sendo o corpo a sua expressão, o pronto restabelecimento dos aspectos sutis irá proporcionar a cura no nível físico.
A Medicina Vibracional é milenar e fruto do autoconhecimento e consciência do Todo que o ser humano utilizava em seu dia a dia, e isto foi sendo esquecido ao longo do tempo em virtude das transformações sociais de cada época. Nesta jornada o homem adquiriu um vasto conhecimento da vida em seus aspectos exterior e material, utilizando para isso a ciência e desenvolvendo tecnologias.
Agora sua atenção está se voltando, cada vez mais, para o universo interior, para seu mundo interno e sutil. A Medicina Vibracional ressurge, pois, como um recurso que o ajudará na jornada de volta para si mesmo, para o retorno da sua capacidade de autocurar-se.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A ENERGIA DO EQUILÍBRIO


Quando voltei ao Brasil, depois de residir doze anos no Japão, me incumbi da difícil missão de transmitir o que mais me impressionou do povo Japonês: kokoro.
Kokoro ou Shin significa coração-mente-essência.
Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar a serviço e disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?
Outra palavra é gaman: aguentar, suportar. Educação para ser capaz de suportar dificuldades e superá-las.
Assim, os eventos de 11 de março no Nordeste japonês, surpreenderam o mundo de duas maneiras.
A primeira pela violência do tsunami e dos vários terremotos, bem como pelo perigo de radiação das usinas nucleares de Fukushima.
A segunda pela disciplina, ordem, dignidade, paciência, honra e respeito de todas as vítimas.
Filas de pessoas passando baldes, cheios e vazios, de uma piscina para os banheiros.
Nos abrigos a surpresa das repórteres norte-americanos: ninguém queria tirar vantagem sobre ninguém. Compartilhavam cobertores, alimentos, dores, saudades, preocupações, massagens. Cada qual se mantinha em sua área. As crianças não faziam algazarra, não corriam e gritavam, mas se mantinham no espaço que a família havia reservado.
Não furaram as filas para assistência médica – quantas pessoas necessitando de remédios perdidos - mas esperaram sua vez, também, para receber água, usar o telefone, receber atenção médica, alimentos, roupas e escalda-pés singelos, com pouquíssima água.
Compartilharam, também, do resfriado, da falta de água para higiene pessoal e coletiva, da fome, da tristeza, da dor, das perdas de verduras, leite, da morte.
Nos supermercados lotados e esvaziados de alimentos, não houve saques. Houve a resignação da tragédia e o agradecimento pelo pouco que recebiam. Ensinamento de Buda, hoje enraizado na cultura e chamado de kansha no kokoro: coração de gratidão.
Sumimasen é outra palavra chave. Desculpe, sinto muito, com licença. Por vezes me parecia que as pessoas pediam desculpas por viver. Desculpe causar preocupação, desculpe incomodar, desculpe precisar falar com você, ou bater à sua porta. Desculpe pela minha dor, pelo minhas lágrimas, pela minha passagem, pela preocupação que estamos causando ao mundo. Sumimasem. Quando temos humildade e respeito pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades. Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidadas e respeitadas.
O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei. Cada um de nós, cada uma de nós é o todo manifesto.
Acompanhando as transmissões na TV e na Internet pude pressentir a atenção e cuidado com quem estaria assistindo: mostrar a realidade, sem ofender, sem estarrecer, sem causar pânico. As vítimas encontradas, vivas ou mortas eram gentilmente cobertas pelos grupos de resgate e delicadamente transportadas – quer para as tendas do exército, que serviam de hospital, quer para as ambulâncias, helicópteros, barcos, que os levariam a hospitais.
Análise da situação por especialistas, informações incessantes a toda população pelos oficiais do governo e a noção bem estabelecida de que “somos um só povo e um só país”.
Telefonei várias vezes aos templos por onde passei e recebi telefonemas. Diziam-me do exagero das notícias internacionais, da confiança nas soluções que seriam encontradas e todos me pediram que não cancelasse nossa viagem em Julho próximo.
Aprendemos com essa tragédia o que Buda ensinou há dois mil e quinhentos anos: a vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.
Reafirmando a Lei da Causalidade podemos perceber como tudo está interligado e que nós humanos não somos e jamais seremos capazes de salvar a Terra. O planeta tem seu próprio movimento e vida. Estamos na superfície, na casquinha mais fina. Os movimentos das placas tectônicas não tem a ver com sentimentos humanos, com divindades, vinganças ou castigos. O que podemos fazer é cuidar da pequena camada produtiva, da água, do solo e do ar que respiramos. E isso já é uma tarefa e tanto.
Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranquilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.
Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam os eventos que se seguiram a 11 de março.
Minhas preces, meus respeitos, minha ternura e minha imensa tristeza em testemunhar tanto sofrimento e tanta dor de um povo que aprendi a amar e respeitar.
Havia pessoas suas conhecidas na tragédia?, me perguntaram. E só posso dizer: todas. Todas eram e são pessoas de meu conhecimento. Com elas aprendi a orar, a ter fé, paciência, persistência. Aprendi a respeitar meus ancestrais e a linhagem de Budas.
Mãos em prece (gassho)
Monja Coen

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A ENERGIA DO CONTROLE


Imagine a seguinte situação: você está organizando a sua viagem de férias. Começa meses antes a pesquisar um lugar para ir passar seus 15 dias de folga. Realiza várias buscas na internet, visita agências de viagem, compara os pacotes, o meio de chegar ao destino, as vantagens que cada um oferece. Escolhe o melhor custo-benefício dentro do que você quer.
Agora passa a organizar a sua mala para providenciar todos os itens necessários para os 15 dias.
Depois, combina com uma pessoa de vir a sua casa neste período para dar comida ao seu peixe e molhar suas plantas.
Seleciona o telefone de um taxista que virá buscá-la para levar ao aeroporto.
Pronto, agora é só contar os dias para viver o seu paraíso.
Dois dias antes da viagem repassa a mala, fala com o taxista, confirma a pessoa que cuidará da sua casa. Tudo sob controle. Controle?
No dia seguinte recebe um recado da pessoa que cuidaria do seu peixe. Está doente, não poderá ir. O que você faz? Grita loucamente ao telefone para a pessoa que isso não é justo que já estava tudo planejado? Um stress desnecessário, já que ela não virá mesmo!
O problema não está no imprevisto, mas em como reagimos a ele. Quem pensa ter tudo sob controle sofre em dobro.
Planejar é útil e necessário, mas encarcerar o planejamento é desgastante e faz com que a pessoa não consiga enxergar uma saída alternativa das situações que fogem ao que foi estabelecido anteriormente.
A energia colocada no controle e não no planejamento transforma a pessoa em escrava da situação, causando um desgaste tão grande que pode, até, levar à depressão.
Uma boa opção é encarar as novas situações, as mudanças repentinas, como um presente do Universo, que sempre busca o melhor meio de nos conectar a experiências valiosas para nosso engrandecimento pessoal.
O que fazer, então? Busque alternativas, mantenha a cabeça fria. Não pragueje, deixe fluir.
Não é um aprendizado fácil para os controladores inveterados, mas é possível e fará de quem assim age uma pessoa mais feliz, mais leve e pronta para encarar os desafios de forma positiva e enriquecedora.
Controle menos, viva mais!