segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A ENERGIA DA MEDITAÇÃO



Proponho neste momento uma forma diferente de meditar. Não como algo pontual que deva ser feito em um determinado momento específico, mas em sua totalidade. Algo tão inovador para nós que muitos custam a compreender seu significado mais profundo. MEDITAÇÃO É SENTIMENTO. Assim sendo, é importante que se viabilize a possibilidade das pessoas compreenderem o significado da Meditação que se "É" e não que se "ESTÁ". Ou seja: não devemos "estar" em meditação e, sim "ser" a própria meditação. O princípio é simples e poderoso e está contido na máxima de Gandhi: "seja a mudança que você quer no mundo".
Logo, como exemplifica Gregg Braden, de nada adianta você correr feito louco, infringir leis de trânsito, xingar pessoas pelo caminho, causar um alvoroço dentro de si próprio por estar atrasado para um evento que irá “meditar pela paz”. Melhor que meditar, pontualmente, pela Paz é se transformar nela. Esta é a forma mais eficaz e eficiente de mudar o mundo.

"Existem belas e impetuosas forças dentro de nós" - São Francisco de Assis

"Se puseres a tua alma junto a esse remo (as forças impetuosas de S. Francisco) comigo, o poder que formou o Universo entrará no teu tendão desde uma fonte que não está fora dos teus membros, mas desde um reino sagrado que está dentro de nós" Rumi (poeta sufi)

O ser humano é muito mais poderoso do que imagina!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

A ENERGIA QUE DESTRÓI AS COISAS BELAS

*TRECHOS TRADUZIDOS DO LIVRO “THE MEDICAL MAFIA” (A Máfia Médica). O livro causou tal polêmica que a médica canadense Ghislaine Lanctôt foi julgada pela "Medical Board", considerada "culpada" e a sua carteira profissional retirada de forma definitiva. Trata-se de um livro polêmico que revela como os governos, as organizações internacionais, os laboratórios e as entidades financeiras em geral manipulam os sistemas ligados à saúde.

A MAIOR DOENÇA = O MEDO

Medo de perder o que temos; medo de não ter o que desejamos. Medo do passado, medo do futuro. Medo de ser roubado, violentado, condenado, ridicularizado, abandonado. Medo do fracasso, medo de perder seu emprego. Medo de perder o avião, medo do escuro... O medo é a cesta que contém todas as emoções. Tudo está dentro dela. O medo paralisa a consciência: torna-nos cegos e impotentes. O medo aumenta continuadamente na nossa sociedade com a criminalidade, perda de empregos, falências, recessão, doenças, guerras, violência... Existem muitas razões para se ter medo. Ainda mais por que a mídia NÂO fala de outra coisa. Quando foi que você ouviu falar sobre boas notícias - à parte as esportivas - nos últimos anos? Com a exceção de alguns artistas (que na sua maioria morrem de fome), quem nos fala de amor? ''Eles'' nos impõem o medo. E como o pensamento gera a realidade as desgraças, fatalmente, chegam. Daí, quando escutamos a notícia de que 4 em cada 10 mulheres terão um câncer de mama, imediatamente, pensamos que poderemos ser nós, e temos medo...
O pensamento e a emoção ''câncer'', implantam-se em nossos corpos sutis e o câncer fará sua aparição no corpo físico, cedo ou tarde: nós o programamos.
O medo é o veículo da doença. E, portanto, mergulhamos dentro dele a cada instante. Todas as forças contribuem: o governo com seus investimentos minguados, a economia com sua dívida enorme, as notícias com seus horrores, o futuro incerto. É como se TUDO à nossa volta nos desse a mão para nos tornarmos doentes.
O medo paralisa, congela. A crença é sua irmã gêmea, que exerce tantos estragos sobre o pensamento quanto o medo sobre as emoções. A crença mais enraizada é aquela de que os homens são diferentes.
Ter recurso à medicina científica para a prevenção é tão devastador quanto a defesa armada. É como matar uma mosca com um golpe de martelo: nunca conseguimos matar a mosca, mas conseguimos sempre quebrar a vidraça.

A MÁFIA MÉDICA

- O PACIENTE: é o explorado por excelência. Aos olhos do fabricante, quanto mais ele consumir seus produtos, melhor será. Quanto mais doente ele for, mais lucro lhes trará. É preciso, então, fazer com que ele seja mais e mais doente e que os remédios não o curem e que ele desenvolva outras doenças. A única coisa que realmente conta são os LUCROS, os quais fazem a Bolsa seguir a evolução dos cursos.

- O MÉDICO: é o vendedor - inconsciente - da indústria, a ferramenta de promoção desta. As autoridades o formam, de tal maneira que ele servira suas necessidades ao pé da letra, sem jamais duvidar, nem questionar sobre a verdade sacro-santa que ensino médico formal lhe inculcou sob forma de doutrina absoluta. Os estudantes de medicina, cheios de boa vontade e, sobretudo, ávidos, engolem tudo o que lhes é ensinado. Como terão eles a ideia de contestar? De qualquer maneira eles consagram tantas horas de estudo e trabalho, que não lhes sobra tempo algum para refletir. Apos 5/10 anos de tal tratamento, qualquer um cairia dentro da Inconsciência Tranquila. E eles caem. Eles são comprados com privilégios financeiros e/ou hierárquicos, dependendo do caso.
A este = prestigio; àquele = poder; a um outro = dinheiro. Todos (ou quase) são compráveis, em geral, à sua satisfação.
Quanto ao TERAPEUTA, este é declarado charlatão, ilegal e é eliminado - ou integrado ao sistema e controlado.

- OS HOSPITAIS, CLÍNICAS, LABORATÓRIOS E FARMÁCIAS: são os distribuidores do fabricante. Eles são seus cúmplices e levam seus produtos até o paciente. Assiduamente. E são muito bem pagos. A recompensa de uma assim tão boa colaboração é, geralmente, de ordem financeira.

- A INDÚSTRIA: é o explorador. É o 'padrinho' do sistema médico. É o grande ditador e beneficiário da doença. Sob a cobertura de pesquisador científico e preocupado com a humanidade, ela vai semeando a doença a todos os ventos, e recolhe os lucros. Com dedos hábeis, ela puxa os barbantes do sistema, na direção de sua escolha e interesse. Ela age na sombra e por pessoas interpostas. Ela controla toda a medicina desde a universidade de medicina, até a última malha da prática. Mesmo o paciente que ela solicita através da mídia, não saberia escapar-lhe. Ela tem sua presença marcante em todos os lugares.
Seu imenso poder oculto lhe submete todos os níveis de 'autoridades', sejam governamentais, médicas e midiáticas, pois, é ela quem finalmente permite e garante a estes subirem ao poder e à notoriedade. O que ela simplesmente lhes pede em troca é que NÃO se esqueçam e que NÃO mordam a mão que lhes alimenta.
Ela reina como mestre e rainha; tanto docilmente pela corrupção, tanto ditatorialmente pelo medo, ameaça e castigo.

- AS AUTORIDADES: são os usurpadores. Elas criaram as instituições e as leis para desprover o paciente de seus direitos financeiros e legítimos sobre sua saúde e destes se apropriar. Eles tiraram do paciente sua Autoridade Divina Legítima e a substituíram pelas autoridades estabelecidas legais.
Para não levantar suspeita, as autoridades escondem-se atrás de um paravento: o GOVERNO, este grande impostor. Com seu ar de apóstolo bonzinho, ele nos desempossa em prol da indústria. As instituições e as seguradoras são colocadas sob seu controle direto ou indireto. Ele é nomeado por nós, pago por nós, mas ele nos vende à indústria. Ele nos trai. O governo e seus organismos ('as autoridades') estão em débito com a indústria que os financia. Nós os veneramos. Nós lhes concedemos um enorme poder. Os eleitos e os funcionários conservarão esse poder estabelecido pela indústria enquanto eles seguirem as regras do jogo ditadas pelo verdadeiro patrão, a INDÚSTRIA.
Graças ao governo, as seguradoras controlam o dinheiro e as instituições controlam a prática medica. Escondido atrás do paravento do governo e de seus organismos (seguradoras e instituições médicas) e graças à nossa (IN) consciência adormecida, a INDÚSTRIA pode nos desapossar da nossa Autoridade Suprema de paciente e desta se apropriar. É a usurpação do poder. É um golpe de estado suave...
(pág. 90)

ALGUNS EXEMPLOS DE 'BONS NEGÓCIOS'

-OBESIDADE: como todo mundo sabe, a obesidade é o resultado de um problema emocional que leva ao acúmulo de gorduras. Cada um de nós certamente conhece pessoas magras como palitos que comem como elefantes. Sabemos, também, que o ganho de peso está ligado a um momento significativo sobre o plano emocional na nossa vida. Também sabemos que quando nos desembaraçamos dessas velhas emoções que nos corroem, nosso peso se restabelece e a obesidade se evapora. A obesidade, porém, é enormemente LUCRATIVA. Ela traz somas enormes de dinheiro à indústria, mantendo, ainda, as pessoas submissas às autoridades, que as fazem sentir anormais e culpadas de comer em excesso.
-ESTERILIDADE: é a consequência em grande parte da poluição da água, do ar, dos alimentos. Ora, esta poluição traz lucros enormes à indústria, não devendo ser, portanto, tocada. Além de que a esterilidade abre portas a um outro mercado: o da fertilização in vitro.
-CÂNCER DO SEIO: É uma doença da Alma. O câncer é o resultado dos sentimentos de desespero e impotência. As autoridades proclamam a altos brados que uma mulher entre 3...4...5...ou 9 terá o câncer do seio, programando dessa forma, as pessoas para que isso se realize. E ainda incitam as mulheres a fazer mamografias regularmente, criando nelas o medo do câncer, do qual conhecemos o resultado. Quando as mulheres fazem o exame, estão pensando 'doença' e não 'saúde'; a mamografia significa fazer a despistagem precoce e não a prevenção (além de estarmos expondo os seios, que possuem os tecidos mais sensíveis de todo o corpo, às radiações, com doses frequentes desta última). A verdadeira prevenção: estimular a confiança das mulheres nelas próprias e em seu poder e divindade interiores.
-COLESTEROL: não é uma doença, mas um numeral. Em nos reduzindo a meros números, vendem-nos pílulas que nos deixam doentes. Se nos consideramos como seres humanos, não nos trataremos por números, mas como uma pessoa com sua consciência, seus pensamentos e suas emoções... O colesterol baixará por ele próprio quando não mais necessitarmos de seu aviso.
A indústria, porém, NÃO pode lucrar se tratarmos das emoções!!!!
-DEPRESSÃO: ter uma depressão é ter uma INICIAÇO: uma passagem de um estado de consciência a um outro. É o vale entre duas montanhas, entre duas ondas. É um estado NORMAL de nossa evolução. Ter uma depressão (ou um burn-out) é morrer (descer a encosta) para renascer (subir outra encosta). A depressão é vivida como uma morte. Em vez de explicar aos pacientes que eles estão crescendo em sua consciência, que eles estão avançando um passo na vida, melhorando, assim, sua condição de saúde, as autoridades nos dão medicamentos que nos desconectam da nossa consciência e nos submergem, ainda mais, dentro da obscuridade. Nossa depressão não nos terá servido a nada. Teremos tido, então, apenas o lado negativo do sofrimento.

Vivemos numa época de grandes TRANSFORMAÇÕES da consciência. Cada mudança de nível desta é acompanhada por fenômenos físicos bizarros... Na maioria das vezes inexplicáveis, cientificamente. Não nos inquietemos. Vivamo-los. E, sobretudo, abstenhamo-nos de tomar medicamentos que nos transformarão em ZUMBIS perdidos. (pág. 102)

O PORQUÊ DESTA CARNIFICINA MORTAL

Qual o objetivo das autoridades mundiais em destruir a saúde das populações - de países industrializados como os do Terceiro Mundo - e de exterminá-la? É difícil presumir as intenções das pessoas, sobretudo, quando não as conhecemos de perto. Alguém, em algum lugar, tem certamente o interesse em manter as vacinações, promovendo-as através de campanhas de vacinação em massa. Uma coisa é certa: isso não é do nosso interesse, enquanto pacientes. Por falta de conhecer os benefícios e os beneficiários, examinemos as CONSEQUÊNCIAS dos programas de vacinação em massa e tiremos nossas conclusões.

1 - A vacinação custa caro: cerca de um milhão de US$/ano. Então como já vimos acima, ela traz benefícios à indústria: multinacionais de vacinas e farmacêuticas. Uma vende as vacinas, a outra todo o material médico para atender as numerosas complicações que a vacinação exige. Lucros galopantes para elas, despesas galopantes para nós... Até que estejamos enforcados e prontos a aceitar o inaceitável... Como a medicina socializada nos EUA, por ex.

2 - A vacinação afeta o sistema imunológico (defesa do organismo). Repetida, ela enfraquece o sistema imunológico. Ela oferece uma segurança enganosa, visto que ela abre as portas a todas outras doenças, notadamente as doenças da AIDS que podem se desenvolver num corpo cujo sistema imunológico encontra-se perturbado. Ela faz explodir a AIDS silenciosa. Ela assegura um mercado de doença perpetuamente florescente.

3 - A vacinação engendra a violência social e o crime. Qual melhor maneira de desestabilizar um país, de desarmar seus habitantes e de reforçar os controles policiais e militares? As autoridades criam, sutilmente, as situações de pânico e medo na população que, por sua vez, reclama o reforço de "medidas de proteção", tal qual o veto de porte de arma pelo cidadão. As autoridades aparecem, então, como salvadoras e apertam seu controle. Para impor um exército mundial único, necessário faz-se desarmar todos os cidadãos de todos os países.
É necessário, portanto, criar a violência para fazer as pessoas abandonarem suas armas, sobretudo nos EUA, onde esse direito é garantido pela Constituição!

4 - A vacinação cria a dependência médica e reforça a crença na ineficácia do nosso SISTEMA IMUNOLÓGICO. Ela cria pessoas que devem ser assistidas permanentemente. Ela substitui a confiança em si mesmo pela confiança cega no que vem de fora. Ela provoca a dependência financeira e engendra a perda da dignidade pessoal. Ela nos arrasta dentro do círculo vicioso da doença (medo - pobreza - submissão) e garante, assim, a submissão da tropa, para melhor dominá-la, explorá-la e conduzi-la ao abatedouro. A vacinação provoca a dependência moral e financeira dos países do Terceiro Mundo em prol dos países desenvolvidos (dons, vacinas, equipamentos para administrá-los...). A vacinação perpetua o controle social e econômico dos países desenvolvidos sobre os do Terceiro Mundo.

5 - A vacinação esconde os verdadeiros problemas sócio-políticos (pobreza de uns graças à exploração de outros), trazendo pseudo-soluções tecno-científicas tão complicadas e sofisticadas que os pacientes não podem compreender. Desviando os fundos que deveriam servir ao melhoramento das condições de vida e dirigindo-os aos bancos das multinacionais, a vacinação cava ainda mais a fossa entre os ricos dominadores e os pobres explorados.

6 - A vacinação dizima as populações. De maneira aguda nos países do Terceiro Mundo, de maneira crônica, nos países industrializados. A esse efeito, escutemos Robert McNamara, antigo presidente do Banco Mundial, antigo secretário de Estado dos EUA, que ordena os bombardeios massivos do Vietnam: "É necessário tomar medidas draconianas de reeducação demográfica contra a vontade das populações. Reduzir as taxas de natalidade mostrou-se impossível ou insuficiente. É necessário, portanto aumentar a taxa de mortalidade. Como? Através de meios naturais: a fome e a doença. ("J'ai tout compris" - editora Machiavel, fevereiro 1987).
7 - A vacinação permite a seleção das populações a serem dizimadas. Ela facilita os genocídios localizados. Ela permite matar as pessoas de certa raça, de certo grupo, de certa região... e deixando outras irreparáveis... em nome da saúde e bem estar de todos, evidentemente.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A ENERGIA DA MUDANÇA



Sua intuição lhe diz que o mundo pode estar indo por um caminho equivocado? Então entre aqui, conheça o Projeto Vênus, e entenda os seus sinais internos: www.thezeitgeistmovement.com

E assista ao vídeo "Zeitgeist Addendum" aqui: http://video.google.com.br/videoplay?docid=-5814730160244204337&ei=m9E0S9_wGJOerAKi9fj0CQ&q=Zeitgeist+Addendum#

sexta-feira, 2 de julho de 2010

A ENERGIA DE SPINOZA: SUPERSTIÇÃO, DEUS E O ERRO JUDAICO-CRISTÃO

“Pela decisão dos anjos e julgamento dos santos, excomungamos, expulsamos, execramos e maldizemos Baruch de Spinoza... Maldito seja de dia e maldito seja de noite; maldito seja quando se deita e maldito seja quando se levanta; maldito seja quando sai, maldito seja quando regressa... Ordenamos que ninguém mantenha com ele comunicação oral ou escrita, que ninguém lhe preste favor algum, que ninguém permaneça sob o mesmo teto ou a menos de quatro jardas, que ninguém leia algo escrito ou transcrito por ele.” (parte do texto de excomunhão de Spinoza pela comunidade judaica de Amsterdã a 27 de julho de 1656)

A filosofia de Spinoza é uma crítica da superstição em todas as suas formas: religiosa, política e filosófica. A superstição é uma paixão negativa nascida da imaginação que, impotente para compreender as leis necessárias do universo, oscila entre o medo dos males e a esperança dos bens. Dessa oscilação a imaginação forja a ideia de que o homem é um joguete de uma Natureza caprichosa, concepção que é projetada num ser supremo e todo-poderoso que existiria fora do mundo e o controlaria segundo o seu capricho: Deus.
Nascida do medo e da esperança, a superstição faz surgir uma religião onde Deus é um ser colérico ao qual se deve prestar culto para que seja sempre benéfico. A superstição cria uma casta de homens que se dizem intérpretes da vontade de Deus, capazes de oficiar cultos, profetizar eventos e invocar milagres. A superstição engendra, portanto, o poder religioso que domina a massa popular ignorante.
Toda filosofia que tentar explicar a Natureza apoiada da ideia de um Deus transcendente, voluntarioso e onipotente, não será filosofia, será apenas uma forma refinada de superstição.

Em sua obra Spinoza procura mostrar de que modo Deus se produz a si mesmo, às coisas e ao homem, demonstrando que esse modo de autoprodução é o próprio modo de produção do real. Com isso, elimina a principal ideia sustentáculo da teologia e da filosofia cristãs: a ideia da criação, isto é, um Deus pré-existente que tira o mundo do nada.
Deus é a Substância (do latim substantia: essência), ou seja, o Ser que é causa de si, que existe em si e por si, que é concebido em si e por si e que é constituído por infinitos atributos, infinitos em seu gênero e cada um deles exprimindo uma das qualidades infinitas da substância. Deus é a própria Natureza.

Para o filósofo, o erro é uma abstração. O erro não é uma ausência de conhecimento, mas um conhecimento parcial ou mutilado da totalidade, isto é, abstrato (separado). O erro consiste em anexar conhecimentos parciais para querer retirar daí um conhecimento geral, e este será, também, abstrato na medida em que resulta de uma simples justaposição de realidades.

Em sua obra Ética, a expressão Deus ou Natureza tem vários significados: 1. o ato pelo qual Deus se produz é o ato pelo qual produz as coisas; 2. Deus é a causa de si mesmo e das coisas como causa imanente e não transcendente; 3. a produção divina não visa fim algum, é o seu próprio fim, ou seja, entre o ato de produção e o produto não há distância a separá-los, são uma só e mesma coisa. Separar o produtor do produto é aceitar a incompreensibilidade divina, o mistério da criação e o mistério da Natureza. É ser vítima da superstição. É ter uma compreensão alienada da produção, pois ao separar o produtor do produto, este não permite mais identificar seu produtor e o homem passa a imaginar o produtor possível, acabando por chegar ao Deus voluntarioso, que tudo governa para e segundo seus caprichos.

E por aí vai...

Para saber mais: “Pensamentos Metafísicos: tratado da correção do intelecto; ética" – Editora Nova Cultural – ISBN 8513002380

quinta-feira, 1 de julho de 2010

A ENERGIA DA POESIA


A Mãe do Vento
Teresa Vergani

Estrelejar conjuga-se como gotejar ou irisar.
Vivem densidades luminescentes tão ocultas
que atiram o seu ponto de fusão
para o lado do arco-íris que não vemos.

O luar é um vento irisado derramando-se
em pérolas fluídas a latejar concêntricas.
A lua um manso redemoinho circular com a paz
muito húmida lá dentro a amadurecer
e a desaparecer de tempo em tempo.

O vento precede-nos envolve-nos e devolve-nos,
mais íntimo que a linguagem que nos moldou a voz.
Se nos deflagra e nos desdobra é porque brinca
empurrando sementes até aos olorosos rumos da flor.

Incansável sopro que nos cala e nos leveda o fôlego,
engendrando fala gosto corpo pensamento
ao seu jeito nimbado de constância flexível (desviante).

Damos nomes às coisas porque precisamos de
as estabilizar, de multifacetar o nome único do vento.
Assim as subtraímos à mutância incandescente do que são
(cada uma colada à límpida raiz móvel do seu vento).

Parido por que mãe, o vento que nos nasce?
Haverá nome capaz de criar a conjunção útero correnteza?

Ondas gazelas peixes pólen neblinas, todos os fogos se
acendem no caudaloso espaço desmedido desse imperceptível
caroço transparência, lugar de fluidez sem poiso (desarmado).

Se não sabemos Encontrar nem Desejar
é porque o nosso medo parou o Grande Vento.
De que seiva o roubámos ao negar-lhe
a via-Vida tumultuosamente láctea e cadente?

Tocado a 4 mãos a 4 passos, que começo criará que fim?
Que morte sangue e leite (aparição de esperma ou lágrima)
fora da tão áspera inteira e maternal nudez do vento?

Somos o tempo: a chaga nómada dessa
espantosa cratera deslizante, a assustada pequenez
onde se afunda ileso o vento em carne viva.

Que grito ou fome ou canto consentirá
transfigurar-se no universo deste entendimento?
(Sim, Entendi Vento!...)

A onde então? nem dentro nem fora,
dentro e fora, a sobejar e a contrair
o ondulante limite fraccional de cada forma,
fiel e infiel à descerteza.

Será o Vento orfão? talvez não.
Se um dia me deixar tocar pelo sabor
da mais penetrante e matricial inteligência,
então serei talvez sem chão nem céu nem parte.

Então serei só isso: Novidade isenta de tormento,
a esfacelada a indivisa a intensa a exultante
– A de Pé, A Mãe do Vento.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A ENERGIA DA SIMPLICIDADE



Penso muito sobre a questão do que seja ser simples, da simplicidade.
O que é, afinal, isso? Como posso ser simples e buscar a simplicidade nesta sociedade onde o que conta é o que se consegue ter?
Simplicidade é viver numa casa de chão batido, com fogão à lenha? É plantar o que vou consumir? É andar com carro usado? Como diria o Belchior, uma casa no campo? Parece simples ter amigos, discos e livros. Será que é?
Eu penso que não. A ideia de simplicidade que temos dentro de nós, é simples desde a sua origem!
Ser simples eu penso que seja conseguir ser desapegado, bem-humorado, ter o olhar voltado à beleza, claro nas relações e colocações, preferir a honestidade e asséptico e ecológico em nosso dia a dia, em nossas relações com as pessoas, próximas ou não, com as coisas, com a natureza, com nossa alma e nosso espírito.
É saber que, se queremos chegar a algum ponto, vamos ter que fazer por nós mesmos e não esperar que alguém faça o nosso trabalho. Como bem disse o Dalai Lama: seja a mudança que você quer ver no mundo.
E mais que isso. Esta questão da simplicidade surge agora como um clamor dos tempos modernos, onde a complexidade do mundo nos mostra a desnecessidade da complexidade humana. Onde cada dia que passa, sentimos a falta que faz um olhar mais atento ao nosso entorno: para as coisas, pessoas e natureza. Olhar esse sem pré-julgamentos, sem uma opinião formada sobre o que está sendo observado. Apenas um olhar longo, curioso e contemplativo.
A palavra simples é formada por duas outras de origem latina: sin, que significa único e plex, dobra. Logo, ser simples é ter uma única dobra. Pois assim é a vida em todas as suas dimensões. Pode ter uma dobra generosa ou várias dobras desconfiadas. Isto dependerá do que queremos mostrar ou esconder.
Simplificar significa, então, facilitar o acesso ao que interessa, ao conteúdo dos fatos da vida, das coisas que usamos e das mensagens que queremos passar.
Simplicidade, portanto, independe da roupa que usamos, do carro que dirigimos, da casa que moramos, da comida que comemos.
Ser simples significa colocar todas essas questões em perspectiva nas nossas vidas, olhando com efetividade para elas e entendendo que sempre existiram e sempre existirão no Universo e que neste momento apenas, fazem parte de uma existência que por acaso é a sua, mas que, verdadeiramente, não te pertencem de fato e, sim, ao Todo do qual somos parte.
*adaptado do texto de Eugenio Mussak - Revista Vida Simples - março 2010

terça-feira, 9 de março de 2010

A ENERGIA DA PINEAL

Localizada no centro do cérebro na altura dos olhos, a Glândula Pineal é a conexão entre o plano físico e o espiritual, uma fonte de energia etérica, que ativa poderes sobrenaturais. A Glândula Pineal é tida como sede da alma, ponto de acesso às elevadas dimensões, estimulando nossa mente superior e desenvolvendo potenciais intelectuais.

As tradições respeitavam a glândula pineal e a consideravam alinhada ao mais elevado centro espiritual. Os hindus entendiam que dentro do Lótus de Mil Folhas ou Chakra da Coroa, encontrava-se o verdadeiro centro do coração.
Na tradição judaica usa-se até hoje o kipá [usado no topo da cabeça]. É usado para lembrar o usuário de sua reverência diante de Deus.
Na mitologia grega, Hermes [Mercúrio] era representado com um capacete alado, símbolo de invulnerabilidade e de potência. Hades [Plutão] possuía um barrete que adornava sua cabeça e o tornava invisível.
Os católicos representam os santos com auréolas ou halos dourados. Desta forma, a “coroa” no alto da cabeça tem um significado que não poderíamos omitir. Sua forma circular indica a participação da natureza celeste, um “Dom” vindo de cima, um poder, o acesso a um nível e a forças superiores.

Ao ativarmos a Pineal esta glândula passará a funcionar como um portal de energia cósmica, o que nos habilita a interagir e trabalhar em planos elevados de consciência. Uma vez que já se descobriu que a "realidade" existe através da nossa consciência e não ao contrário.

A variação de diferentes formas de percepção da realidade é meramente o resultado de diferentes níveis de despertar que criam o efeito "holograma", como em "Matrix". Quando você se torna “um” com a Suprema Consciência, você se percebe como parte das águas que formam o oceano da consciência divina.

Portanto, quanto mais você é capaz de deixar ir velhos padrões de como percebe a sua "realidade" e se integra à "unidade cósmica", mais você irá vibrar na sintonia dos planos superiores que fazem a conexão física através da Pineal.

As diferentes dimensões de consciência são como oscilações de frequências, que descem através da pineal. Mais ou menos como uma antena de rádio enviando e recebendo ondas em diversas frequências criando os pensamentos.

Em 99, 9% dos humanos, a Pineal está atrofiada e/ou calcificada, o que causa a perda da conexão com o Eu Superior, privando-os de seu estado de completude divina e tornando-os vítimas de seus condicionamentos, os quais os levam ao aprisionamento na "Matrix".
Quando uma pessoa não está desperta de seu real estado de divindade, irá buscar satisfação fora de si, desconhecendo seu inato estado de completude, do Paraíso presente dentro de si mesmo. Quando temos a Glândula Pineal ativada, acessamos informações através da livraria cósmica infinita, nos valendo dos registros acásicos, onde está todo o conhecimento do passado, presente e futuro, numa espécie de linha contínua, sem divisão temporal.
Em se mantendo a pineal atrofiada, as memórias serão, apenas, aquelas guardadas na memória pessoal, levando o indivíduo ao estado de insatisfação permanente, fazendo com que busque, incessantemente, prazeres externos para tentar suprir o vazio que habita em seu coração e alma, que ele até percebe, mas não entende.

Ao ativarmos a Glândula Pineal, a energia cósmica desce, carregando com ela o intelecto superior, propiciando que os hemisférios cerebrais passem a trabalhar harmonicamente, estabilizando o campo eletromagnético que há entre eles. Neste estado meditativo, alcançamos o silêncio interior, o não desejar, não julgar, não rotular, sendo o puro silêncio da respiração, harmonizando-nos com a respiração da criação.

A Glândula Pineal é como um Portal, capaz de criar uma conexão interdimensional entre nós, no mundo físico, e os planos elevados.
Em sânscrito, o termo "NIRVANA" significa, literalmente, “extinto” ou “apagado”, ou seja, quando nos desligamos do ego e experimentamos a completude da perfeição espiritual. O Nirvana é o estado mental de felicidade suprema, o plano da realização do Eu, através da verdade divina, a expressão da Perfeição Divina dos Mestres.

Muitos de nós permanecemos com nossas pineais bloqueadas, principalmente, pelo ego ou o senso do “Eu Pessoal”, como se pudéssemos ser identidades separadas do todo, de modo a "proteger-nos" de nem sabemos o que exatamente, retardando o despertar espiritual, tão necessário para a continuação do nosso caminho neste plano. Não espere mais... A hora de despertar é agora!

sexta-feira, 5 de março de 2010

A ENERGIA DO TIMO

Timo: a chave da energia vital

No meio do peito, bem atrás do osso onde a gente toca quando diz "eu", fica uma pequena glândula chamada timo.
Seu nome em grego, thymos, significa energia vital. Precisa dizer mais?

Precisa, porque o timo continua sendo um ilustre desconhecido. Ele cresce quando estamos contentes, encolhe pela metade quando estressamos e mais ainda quando adoecemos.

Essa característica iludiu durante muito tempo a medicina, que só conhecia através de autópsias e sempre o encontrava encolhidinho.
Supunha-se que atrofiava e parava de trabalhar na adolescência, tanto que durante décadas os médicos americanos bombardeavam timos adultos perfeitamente saudáveis com mega-doses de raios X achando que seu "tamanho anormal" poderia causar problemas.

Mais tarde a ciência demonstrou que, mesmo encolhendo após a infância, continua totalmente ativo; é um dos pilares do sistema imunológico, junto com as glândulas adrenais e a espinha dorsal, e está diretamente ligado aos sentidos, à consciência e à linguagem.
Como uma central telefônica por onde passam todas as ligações, faz conexões para fora e para dentro.
Se somos invadidos por micróbios ou toxinas, ele reage produzindo células de defesa na mesma hora.

Mas também é muito sensível a imagens, cores, luzes, cheiros, sabores, gestos, toques, sons, palavras, pensamentos.

Amor e ódio o afetam profundamente.
Ideias negativas têm mais poder sobre ele do que vírus ou bactérias.
Já que estas ideias não existem em forma concreta, o timo fica tentando reagir e enfraquece, abrindo brechas para sintomas de baixa imunidade, como herpes.

Em compensação, ideias positivas conseguem dele uma ativação geral em todos os poderes, lembrando a máxima “a fé que remove montanhas”.

O teste do pensamento

Um teste simples pode demonstrar essa conexão.
Feche os dedos polegar e indicador na posição de o.k, aperte com força e peça para alguém tentar abri-los enquanto você pensa " estou feliz".
Depois repita pensando " estou infeliz".
A maioria das pessoas conserva a força nos dedos com a ideia de felicidade e enfraquece quando pensa na infelicidade. (Substitua os pensamentos por uma bela sopa de legumes ou um lindo sorvete de chocolate para ver o que acontece...)

Esse mesmo teste serve para lidar com situações bem mais complexas.

Por exemplo, quando o médico precisa de um diagnóstico diferencial, seu paciente tem sintomas no fígado que tanto podem significar câncer quanto abscessos causados por amebas. Usando lâminas com amostras ou mesmo representações gráficas de uma e outra hipótese, testa a força muscular do paciente quando em contato com elas e chega ao resultado.

As reações são consideradas respostas do timo e o método, que tem sido demonstrado em congressos científicos ao redor do mundo, já é ensinado a médicos acupunturistas.

O detalhe curioso é que o timo fica encostadinho no coração, que acaba ganhando todos os créditos em relação a sentimentos, emoções, decisões, jeito de falar, jeito de escutar, estado de espírito.
“Fiquei de coração apertado", por exemplo, revela uma situação real do timo, que só por reflexo envolve o coração.

O próprio chacra cardíaco, fonte energética de união e compaixão, tem mais a ver com o timo do que com o coração - e é nesse chacra que, segundo os ensinamentos budistas, se dá a passagem do estágio animal para o estágio humano.

"Lindo!", você pode estar pensando, "mas e daí?".
Daí que, se você quiser, pode exercitar o timo para aumentar sua produção de bem-estar e felicidade.

Assim:

Pela manhã, ao levantar, ou à noite, antes de dormir.

Fique de pé, os joelhos levemente dobrados. A distância entre os pés deve ser a mesma dos ombros. Ponha o peso do corpo sobre os dedos e não sobre o calcanhar e mantenha toda a musculatura bem relaxada.
Feche qualquer uma das mãos e comece a dar pancadinhas contínuas com os nós dos dedos no centro do peito, marcando o ritmo assim: uma forte e duas fracas.
Continue entre três e cinco minutos, respirando calmamente, enquanto observa a vibração produzida em toda a região torácica.
O exercício estará atraindo sangue e energia para o timo, fazendo-o crescer em vitalidade e beneficiando, também, pulmões, coração, brônquios e garganta. Ou seja, enchendo o peito de algo que já era seu e só estava esperando um olhar de reconhecimento para se transformar em coragem, calma, nutrição emocional, abraço.

Ótimo, íntimo, Cheio de estímulo. Bendito Timo.

*Texto Sonia Hirsch – jornalista e pesquisadora

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A ENERGIA DE MIM

*Texto adaptado
Qual dos meus bocados é o mais saboroso? Pedaços de mim se fundem por aí em bocas alheias, uns maiores, outros menores. Alguns, de amigos, mais doces; dos inimigos, o fel. Alguns de paladar mais refinado à crítica, outros de tristeza e mudez. O que sou? Talvez a somatória de muitas opiniões a meu respeito: favoráveis e nem tanto; acertos e fatalidades. Mas como qual desses pedaços você vai me descrever?

Sou uma mulher vista, no vai-e-vem diário, por várias pessoas que cruzam meu caminho. Eu, que passo por tantas vidas diariamente, tantos desconhecidos, tantas visões fragmentadas do que acho que conheço, mas, as vejo apenas em fragmentos, em mini bocados, migalhas de suas essências. E quantas vezes não digo: "Sim, conheço!" Ou ainda: "Sei quem é!"
E o mesmo reverso dá o direito a tantas pessoas para falar, do alto de sua infinita sabedoria sobre a complexidade humana, de mim, para recontarem pedaços de minha história, fragmentos poéticos e patéticos.

Com outros já tive maior convívio. Uma semana, um mês, talvez um ano ou mais. Desses somam-se histórias que se empilham naquilo que também sou. Há vários convívios, momentos, seres que se tocam. Mas qual deles eu sou? Sobra a certeza de que sou desconhecida de mim mesma, na maior parte do tempo, pelo fato de ser ausente de minha própria consciência, que abarca apenas um ínfimo de mim. Às vezes queria acordar alegre e, quando dou por mim, estou triste. Tantos quereres, tantos pedaços. Tantos questionamentos.

Quem eu sou de verdade?

Já fiz tantos feitos: estudei muito, trabalhei muito, ganhei dinheiro, namorei muito, ajudei a educar tantas pessoas, viajei muito, fiz tantos cursos...

No avesso fiz muitas asneiras memoráveis: suplicando amores impossíveis, idolatrei idiotas, querendo acreditar que o idiota não era tão idiota assim. Falei burrices publicamente, palavrões onde não devia. E dei foras também. Mudei de emprego, perdi dinheiro, fiz maus negócios, dei vexame, muito vexame. E qual dessas eu sou? Qual dessas faz parte, genuinamente, de minha essência?

Minha história não é uma fotografia que congela um instante. É um filme em terceira dimensão, com trilha sonora, animação, emoção. Sou somatória de bocados, tudo e nada. Não sou um instante. Não sou o gelo parado, sou a água evaporando momentos. Sou vários bocados nas bocas de muita gente, mas ao mesmo tempo nada disso.

Na verdade depois que tudo isso passa, que a ilusão se vai, que a vaidade esfria, fica ali presente só quem realmente sou. E o que eu sou corre para longe do que tentam aprisionar.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A ENERGIA DA AUTONOMIA

Esta semana comemora-se os 20 anos de liberdade de Nelson Mandela, ícone de resistência e liberdade africanos.
Passei a pensar, então, qual, entre todas as possibilidades auxiliou Mandela nestes 20 anos de privação da liberdade.
Claro que muito de sua resistência se deveu a sua crença firme na liberdade de seu povo. Porém, precisou existir algo de pessoal nesta questão. Algo que o mantivesse lúcido e motivado ao longo da mesmice dos anos.
A revista Vida Simples de janeiro de 2010 – Ed. 88 - traz a matéria “Sobre Os Próprios Pés”, de Liane Alves, que aponta um caminho para esta questão.
O texto trata de independência e autonomia, termos mal interpretados em nossa sociedade.
Todo jovem quer ser independente. Pessoas estão no mercado de trabalho para alcançar a independência. Certo? Errado...
Ninguém é independente totalmente. Como diz Liane “a independência pode facilmente se tornar arrogante e falastrona. A outra, a autonomia, se manifesta firme e sólida como uma rocha. Saber diferenciar uma da outra é essencial para aumentar nossa confiança e integridade e também para aprendermos a baixar a crista na hora da prepotência.”Ser independente em nossa cultura leva algumas pessoas a levantar a crista e expulsar o outro da sua vida. Mas, e se formos parar numa cama? O que acontece com esse ideal tortuoso de independência?
Talvez tenha sido essa diferença que ajudou Mandela a resistir placidamente em seu cativeiro. Naquele momento ele não tinha a independência, mas tinha autonomia! E sua capacidade de resistência diante da adversidade e criatividade, muito necessária em sua situação, ajudaram-no a reforçar o sentido de autonomia.
Lembrando, a bom tempo, que a dependência não é o terror dos terrores, uma vez que, ser dependente é condição natural e inerente a todo animal em alguma fase da vida ou todas elas, cada um a sua maneira: dependência para sobrevivência no início da vida, financeira, afetiva, mental, social... O problema é se viciar na dependência mesmo quando estamos aptos e prontos para exercitar nossa autonomia.
Dentre os animais o ser humano, em especial, precisa de relacionamentos e do desenvolvimento da consciência para se tornar um adulto que exercite suas potencialidades, que seja capaz de fazer escolhas, arcar com as consequências delas e manter, assim, sua autonomia. Isto é amadurecer de forma saudável!
E muitos de nós vamos ter trabalho redobrado para alcançar a autonomia pelo fato de ser, em alguns casos, mais cômodo e confortável não amadurecer. Dá trabalho ser responsável por si mesmo e não é fácil nos colocarmos na condição de risco e vulnerabilidade que faz parte da existência do ser maduro.
Para ser autônomo de verdade, o ser humano precisa desenvolver as seguintes qualidades:
- coragem de arriscar e superar obstáculos;
- ajuda de quem pensa igual;
- criatividade;
- empreendedorismo;
- resiliência (que é mais ou menos sacudir a poeira, dar a volta por cima e tentar de novo);
- não ter medo de errar, fracassar, perder ou se prejudicar.

Esta é a energia da autonomia. Aproveite!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A ENERGIA DO ESPÍRITO


Por Danah Zorah (física e filósofa americana)para revista EXAME (trechos)


O que é Inteligência Espiritual?

É uma terceira inteligência que coloca nossos atos e experiências num contexto mais amplo de sentido e valor, tornando-os mais efetivos. Ter alto Quociente Sspiritual (QS) implica ser capaz de usar o espiritual para ter uma vida mais rica e mais cheia de sentido, adequado senso de finalidade e direção pessoal. O QS aumenta nossos horizontes e nos torna mais criativos. É uma inteligência que nos impulsiona. É com ela que abordamos e solucionamos problemas de sentido e valor. O QS está ligado à necessidade humana de ter propósito na vida. É ele que usamos para desenvolver valores éticos e crenças que vão nortear nossas ações.

Há quanto tempo a senhora trabalha com Inteligência Espiritual?

Toda a minha vida, praticamente, já que perdi a fé na religião (cristianismo) aos 11 anos de idade e sempre procurei um meio de encontrar realização espiritual fora dos domínios da religião. Meu trabalho mais recente sobre QS tem quatro anos e foi produzido ao mesmo tempo em que cientistas começaram a divulgar pesquisas que mostram uma base neurológica para as experiências espirituais e místicas.

De que modo essas pesquisas confirmam suas ideias sobre a terceira inteligência?

Os cientistas descobriram que temos um "Ponto de Deus" no cérebro, uma área nos lobos temporais que nos faz buscar um significado e valores para nossas vidas. É uma área ligada à experiência espiritual. Tudo que influencia a inteligência passa pelo cérebro e seus prolongamentos neurais. Um tipo de organização neural permite ao homem realizar um pensamento racional, lógico. Dá a ele seu QI, ou inteligência intelectual. Outro tipo permite realizar o pensamento associativo, afetado por hábitos, reconhecedor de padrões, emotivo. É o responsável pelo QE, ou inteligência emocional. Um terceiro tipo permite o pensamento criativo, capaz de insights, formulador e revogador de regras. É o pensamento com que se formulam e se transformam os tipos anteriores de pensamento. Esse tipo lhe dá o QS, ou inteligência espiritual.

Qual a diferença entre QE e QS?

É o poder transformador. A inteligência emocional me permite julgar em que situação eu me encontro e me comportar apropriadamente dentro dos limites da situação. A inteligência espiritual me permite perguntar se quero estar nessa situação particular. Implica trabalhar com os limites da situação. Daniel Goleman, o teórico do Quociente Emocional, fala das emoções. Inteligência espiritual fala da alma. O Quociente Espiritual tem a ver com o que algo significa para mim e não apenas como as coisas afetam minha emoção e como eu reajo a isso. A espiritualidade sempre esteve presente na história da humanidade.

Por que somente agora o mundo corporativo se preocupa com isso?

O mundo dos negócios atravessa uma crise de sustentabilidade. Suas atitudes e práticas atuais, centradas apenas em dinheiro, estão devastando o meio ambiente, consumindo recursos finitos, criando desigualdade global, conduzindo a uma crise de liderança nas empresas e destruindo a saúde e o moral das pessoas que trabalham ou cujas vidas são afetadas por elas. Espiritualidade nos negócios significa, simplesmente, trabalhar com um sentido mais profundo de significado e propósito na comunidade e no mundo, tendo uma perspectiva mais ampla, inspirando seus funcionários. Nós não sabemos mais o que é realmente a vida. Não sabemos qual é o jogo que jogamos nem quais são as regras. Falta-nos um sentido profundo de objetivos e valores fundamentais. Essa crise de significado é a causa principal do estresse na vida moderna e também das doenças. A busca de sentido é a principal motivação do homem. Quando essa necessidade deixa de ser satisfeita, a vida nos parece vazia. No mundo moderno, a maioria das pessoas não está atendendo a essa necessidade.

Como se pode detectar os sintomas dessa crise na vida corporativa?

Desde o surgimento do capitalismo, há 200 anos, tudo que importa no mundo dos negócios é o lucro imediato. Isso criou uma cultura corporativa destituída de significado e de valores mais profundos. Nós apenas queremos mais dinheiro. Mas para quê? Para quem? Trabalhamos para consumir. É uma vida sem sentido. Isso afeta o moral, tanto dos dirigentes quanto dos empregados, sua produtividade e criatividade. E também afasta dos negócios preocupações mais amplas com o meio ambiente, a comunidade, o planeta e a sustentabilidade. O mundo corporativo é um monstro que se autodestrói porque lhe falta uma estrutura mais ampla de significado, valores e propósitos fundamentais. Há uma profunda relação entre a crise da sociedade moderna e o baixo desenvolvimento da nossa inteligência espiritual.

Como é o líder espiritualmente inteligente?

É um líder inspirado pelo desejo de servir, uma pessoa responsável por trazer visão e valores mais altos aos demais e por lhes mostrar como usá-los. É uma pessoa que inspira as outras. Gente como o Dalai Lama, Nelson Mandela, Mahatma Gandhi. No mundo dos negócios, Richard Branson, da Virgin, é um líder espiritualmente inteligente. Ele está muito preocupado com o meio ambiente e a comunidade. É muito espontâneo, tem visão e valores, tem perspectivas amplas.

Como se pode desenvolver a inteligência espiritual?

Tomando consciência das dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes e trabalhando para desenvolvê-las. Procurando mais o porquê e as conexões entre as coisas, trazendo para a superfície as suposições que fazemos sobre o sentido delas, tornando-nos mais reflexivos, assumindo responsabilidades, sendo honestos conosco mesmos e mais corajosos. Tornado-nos conscientes de onde estamos, quais são nossas motivações mais profundas. Identificando e eliminando obstáculos. Examinando as numerosas possibilidades, comprometendo-nos com um caminho e permanecendo conscientes de que são muitos os caminhos.

De que forma as pessoas espiritualmente inteligentes podem beneficiar as corporações?

As pessoas com QS elevado querem sempre fazer mais do que se espera delas. Algo para além da empresa. Quem trabalha unicamente por dinheiro não faz o melhor que pode. Nas empresas em que se busca desenvolver espiritualmente os funcionários, a produtividade aumenta porque eles ficam mais motivados, mais criativos e menos estressados. As pessoas dão tudo de si quando se procura um objetivo mais elevado. Se as organizações derem espaço para as pessoas fazerem algo mais, se souberem desenvolver em cada indivíduo sua inteligência espiritual, terão mais resultados e mais rapidamente.

A senhora diz que o capitalismo como se conhece hoje está com os dias contados, mas que um novo capitalismo está nascendo. Como ficam as empresas com
essa nova perspectiva?

Está surgindo um novo tipo de empresa. É uma empresa responsável. No novo capitalismo sobreviverão as companhias que têm visão de longo prazo, que se preocupam com o planeta, em desenvolver as pessoas que nelas trabalham. Que se preocupam, sim, com o lucro, mas que querem ganhar dinheiro para desenvolver as comunidades em que atuam, proteger o meio ambiente, propagar educação e saúde.

Você é espiritualmente Inteligente?
Conheça as dez qualidades essenciais de quem chegou lá

No início do século 20, o QI era a medida definitiva da inteligência humana. Só em meados da década de 90, a descoberta da inteligência emocional mostrou que não bastava o sujeito ser um gênio se não soubesse lidar com as emoções. A ciência começa o novo milênio com descobertas que apontam para um terceiro quociente, o da Inteligência Espiritual. Ela nos ajudaria a lidar com questões essenciais e pode ser a chave para uma nova era no mundo dos negócios. Danah Zohar identificou dez qualidades comuns às pessoas espiritualmente inteligentes. Segundo ela, essas pessoas:

1. Praticam e estimulam o autoconhecimento profundo
2. São levadas por valores. São idealistas
3. Têm capacidade de encarar e utilizar a adversidade
4. São holísticas
5. Celebram a diversidade
6. Têm independência (n.a. no sentido da autonomia)
7. Perguntam sempre "por quê?"
8. Têm capacidade de colocar as coisas num contexto mais amplo
9. Têm espontaneidade
10.Têm compaixão

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O CÂNCER COMO CARICATURA DA NOSSA REALIDADE

O psico-oncologista Wolf Büntig desenvolveu o termo “normopatia” para designar a doença causada pelo ater-se rígida e inflexivelmente às normas. O que poderia parecer como uma contenção simpática ou nobre pode ser, na verdade, repressão de impulsos vitais e, em última estância, vida não vivida. Assim como a célula martirizada por estímulos negativos em excesso faz tudo o que pode para continuar desempenhando seu dever como célula do intestino ou do pulmão, os pacientes também tentam perseverar no cumprimento satisfatório de seus deveres como filhos, pais, subordinados, etc., em detrimento de suas necessidades individuais, de seus pressupostos anímicos (da alma).
A situação básica do câncer pode criar-se ao longo dos anos sem chegar à formação de um tumor.
O câncer representa um processo de crescimento e regressão mergulhado no corpo. A estes dois componentes soma-se um terceiro, a defesa. A estreita relação entre o câncer e o sistema imunológico é mostrada, ainda, pelo fato dele utilizar o sistema de defesa, que na verdade deveria combatê-lo, para espalhar-se.
Esta questão torna-se clara em cada resfriado: assim que a pessoa fecha-se animicamente o corpo, substitutivamente, abre-se aos agentes irritantes correspondentes e o nariz concreto se fecha. Quando a consciência se fecha para os temas irritantes, o corpo precisa se abrir, substitutivamente, para os irritantes correspondentes. A defesa imunológica torna-se, então, cada vez mais fraca na medida em que a defesa no nível da consciência é exagerada.
Fundamentalmente, os ser humano está equipado com uma defesa saudável em ambos os níveis. O objetivo, em ambos os níveis, é o ponto médio entre a abertura total e o fechamento absoluto.
Analogamente, partindo do indivíduo, transportando-nos para as empresas, pode-se dizer que as metástases do câncer e as sucursais de muitas empresas ainda, têm objetivos análogos. Elas se esforçam para colocar o máximo possível de seu próprio programa sem dar a menor chance às forças locais.
O padrão do câncer não confirma o de nosso mundo apenas em grandes traços, podendo ser seguido em detalhe para aqueles que tem olhos para vê-lo.
Quando se considera a Terra como um todo, a maneira como por toda parte ela é cancerigenamente devorada, saqueada impiedosamente e privada de sua capacidade de reação, a imagem correspondente àquela de um corpo que sucumbiu ao câncer. Como a nossa Terra continua tentando regenerar-se e se defende energeticamente do gênero humano, ainda há esperança para ela.
Mas não somente os princípios de nossa maneira de pensar no que se refere à Terra assemelham-se àquela da célula cancerígena, nós compartilhamos, também, um lapso decisivo, ou seja, não medimos as consequências de nosso comportamento: a morte de todo o organismo implica, inevitavelmente, na morte de todas as suas células, inclusive as do câncer. Exatamente como o ser humano no mundo, seu destino estará sempre ligado ao corpo em que vive.
Sem a consciência de nossa origem na natureza e sem ter um objetivo no âmbito espiritual, corremos o perigo de nos tornarmos um câncer que não mais pode ser controlado. Nós já preenchemos todos os pré-requisitos necessários para tal...
(texto extraído e adaptado do livro: A Doença Como Linguagem da Alma – Rüdiger Dahlke)

A ENERGIA DA CÉLULA CANCERÍGENA

A palavra “câncer” vem do latim e significa “modificação”.

Células cancerígenas diferenciam-se das células saudáveis por seu crescimento desordenado e caótico.
A perversidade que ganha expressão no núcleo superdimensionado tem sua causa na enorme atividade divisória da célula, que não mais desempenha suas tarefas em conjunto com as outras células e passa a atuar, sobretudo, na multiplicação de si mesma. Enquanto o núcleo (...da célula) é, na verdade, pequeno no metabolismo normal, com a caótica divisão celular do evento cancerígeno, ele cresce para além de si mesmo no mais puro sentido da palavra, fornecendo um projeto atrás do outro para sua descendência.
Em seu delírio de propagação elas descuidam muitas outras coisas, perdendo, muitas vezes, a capacidade de executar processos metabólicos mais complicados, como a oxidação.
Enquanto células normais dependem da respiração para o fornecimento, via sangue fresco, de oxigênio, uma célula que se limita à fermentação, como a cancerígena, é, em grande medida, autônoma. Consequentemente a célula cancerígena tem menos necessidade de comunicar-se com suas vizinhas, o que é vantajoso para ela, se considerarmos suas péssimas relações de vizinhança.
Enquanto as células normais tem o que se chama de inibidor de contato, que suspende seu crescimento quando encontram outros corpos celulares, as células cancerígenas se comportam exatamente ao contrário. Não tendo fronteiras para respeitar, elas invadem territórios estrangeiros com brutalidade. Descobriu-se, recentemente, que elas não se acanham nem mesmo em escravizar outras células. Como são demasiado primitivas para executar processos metabólicos diferenciados, elas utilizam células normais e as privam do fruto do seu trabalho.
A célula cancerígena não tem escrúpulos e somente se preocupa, da maneira mais egoísta, com seu crescimento em relação, até, a sua progênie. Encontram-se, frequentemente, células mortas, necrosadas no interior dos tumores indicando, simbolicamente, que a mensagem central desse novo crescimento é a morte.
Ela age, também, de forma parasita tomando tudo aquilo que podem conseguir em alimentação e energia sem estar disposta a dar nada em troca ou a participar das tarefas sociais que ocorrem em qualquer organismo.
Desta forma, como tema de fundo tem-se a problemática do crescimento. Em função de abusos como o cigarro, álcool, estresse, pressão, radiação, etc., após muita consideração e cautela, a célula decide rebelar-se, sair do padrão, ignora as leis saudáveis do crescimento, rompendo regras de importância vital para o todo, tornando-se, assim, cancerígena. Ela sai, perigosamente, dos limites da sua espécie, dedicando-se a uma selvagem e egocêntrica atividade divisória, dividindo-se para todos os lados.
Ela demonstra, da mesma maneira crua e primitiva, seu enorme problema de comunicação, reduzindo todas as relações de vizinhança a uma política da cotovelada agressivamente reprimida.
Ela desistiu da comunicação com o campo de desenvolvimento para o qual tinha sido destinada em favor do egoísmo e de reivindicações de onipotência e imortalidade.
(texto extraído e adaptado do livro: A Doença Como Linguagem da Alma – Rüdiger Dahlke)