segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

AS MARAVILHOSAS MANDALAS


Mandala significa círculo em sânscrito. A palavra tibetana para mandala é kyilkhor (dkyil khor), centro-círculo. Cada mandala é associada a uma certa divindade; porém, essas divindades não são "deuses" ou "deusas", mas buddhas (tibetano: sangs rgyas/ sangye), seres iluminados que demonstram sua compaixão, sabedoria e habilidade para liberar todos os seres do sofrimento e levá-los ao despertar.

São pintadas como thangkas, representadas tridimensionalmente em madeira ou metal, simbolizadas por montes de arroz ou construídas com areia colorida sobre uma plataforma. Neste último caso, a mandala é desfeita após algumas cerimônias e a areia é jogada em um rio próximo, para que as bênçãos se espalhem. A dissolução de uma mandala serve, também, como exemplo da impermanência.

As técnicas de construção de mandalas fazem parte do aprendizado dos monges tibetanos, incluindo a memorização dos textos que especificam os nomes, proporções e posições das linhas principais que definam a sua estrutura básica. Esses textos não descrevem cada linha ou detalhe, mas servem como guias para complementar a ajuda dos monges mais experientes.
A base central segue proporções de 8 x 8, semelhante à arquitetura dos templos indianos tradicionais e dos altares védicos. O ponto cardeal norte é representado à direita, o sul à esquerda, o leste abaixo e o oeste acima. O centro da mandala representa a essência, a natureza búddhica, a própria iluminação. Geralmente, essas mandalas são construídas no início de uma cerimônia de iniciação (sânscrito: abhisheka; tibetano: dbang bskur/wangkur), na qual um mestre (sânscrito: guru, tibetano: bla ma/ lama) qualificado autoriza seus alunos a praticar um tantra. Os tantras (tibetano: rgyud/ gyü) são escrituras esotéricas que descrevem diversos tipos de yogas (tibetano: rnal 'byor/ nenjor) — meditações, visualizações, recitação de mantras — para alcançar a iluminação.

Artigo extraído do site Dharmanet

2 comentários: