quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

A ENERGIA DA CÉLULA CANCERÍGENA

A palavra “câncer” vem do latim e significa “modificação”.

Células cancerígenas diferenciam-se das células saudáveis por seu crescimento desordenado e caótico.
A perversidade que ganha expressão no núcleo superdimensionado tem sua causa na enorme atividade divisória da célula, que não mais desempenha suas tarefas em conjunto com as outras células e passa a atuar, sobretudo, na multiplicação de si mesma. Enquanto o núcleo (...da célula) é, na verdade, pequeno no metabolismo normal, com a caótica divisão celular do evento cancerígeno, ele cresce para além de si mesmo no mais puro sentido da palavra, fornecendo um projeto atrás do outro para sua descendência.
Em seu delírio de propagação elas descuidam muitas outras coisas, perdendo, muitas vezes, a capacidade de executar processos metabólicos mais complicados, como a oxidação.
Enquanto células normais dependem da respiração para o fornecimento, via sangue fresco, de oxigênio, uma célula que se limita à fermentação, como a cancerígena, é, em grande medida, autônoma. Consequentemente a célula cancerígena tem menos necessidade de comunicar-se com suas vizinhas, o que é vantajoso para ela, se considerarmos suas péssimas relações de vizinhança.
Enquanto as células normais tem o que se chama de inibidor de contato, que suspende seu crescimento quando encontram outros corpos celulares, as células cancerígenas se comportam exatamente ao contrário. Não tendo fronteiras para respeitar, elas invadem territórios estrangeiros com brutalidade. Descobriu-se, recentemente, que elas não se acanham nem mesmo em escravizar outras células. Como são demasiado primitivas para executar processos metabólicos diferenciados, elas utilizam células normais e as privam do fruto do seu trabalho.
A célula cancerígena não tem escrúpulos e somente se preocupa, da maneira mais egoísta, com seu crescimento em relação, até, a sua progênie. Encontram-se, frequentemente, células mortas, necrosadas no interior dos tumores indicando, simbolicamente, que a mensagem central desse novo crescimento é a morte.
Ela age, também, de forma parasita tomando tudo aquilo que podem conseguir em alimentação e energia sem estar disposta a dar nada em troca ou a participar das tarefas sociais que ocorrem em qualquer organismo.
Desta forma, como tema de fundo tem-se a problemática do crescimento. Em função de abusos como o cigarro, álcool, estresse, pressão, radiação, etc., após muita consideração e cautela, a célula decide rebelar-se, sair do padrão, ignora as leis saudáveis do crescimento, rompendo regras de importância vital para o todo, tornando-se, assim, cancerígena. Ela sai, perigosamente, dos limites da sua espécie, dedicando-se a uma selvagem e egocêntrica atividade divisória, dividindo-se para todos os lados.
Ela demonstra, da mesma maneira crua e primitiva, seu enorme problema de comunicação, reduzindo todas as relações de vizinhança a uma política da cotovelada agressivamente reprimida.
Ela desistiu da comunicação com o campo de desenvolvimento para o qual tinha sido destinada em favor do egoísmo e de reivindicações de onipotência e imortalidade.
(texto extraído e adaptado do livro: A Doença Como Linguagem da Alma – Rüdiger Dahlke)

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