quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

O CÂNCER COMO CARICATURA DA NOSSA REALIDADE

O psico-oncologista Wolf Büntig desenvolveu o termo “normopatia” para designar a doença causada pelo ater-se rígida e inflexivelmente às normas. O que poderia parecer como uma contenção simpática ou nobre pode ser, na verdade, repressão de impulsos vitais e, em última estância, vida não vivida. Assim como a célula martirizada por estímulos negativos em excesso faz tudo o que pode para continuar desempenhando seu dever como célula do intestino ou do pulmão, os pacientes também tentam perseverar no cumprimento satisfatório de seus deveres como filhos, pais, subordinados, etc., em detrimento de suas necessidades individuais, de seus pressupostos anímicos (da alma).
A situação básica do câncer pode criar-se ao longo dos anos sem chegar à formação de um tumor.
O câncer representa um processo de crescimento e regressão mergulhado no corpo. A estes dois componentes soma-se um terceiro, a defesa. A estreita relação entre o câncer e o sistema imunológico é mostrada, ainda, pelo fato dele utilizar o sistema de defesa, que na verdade deveria combatê-lo, para espalhar-se.
Esta questão torna-se clara em cada resfriado: assim que a pessoa fecha-se animicamente o corpo, substitutivamente, abre-se aos agentes irritantes correspondentes e o nariz concreto se fecha. Quando a consciência se fecha para os temas irritantes, o corpo precisa se abrir, substitutivamente, para os irritantes correspondentes. A defesa imunológica torna-se, então, cada vez mais fraca na medida em que a defesa no nível da consciência é exagerada.
Fundamentalmente, os ser humano está equipado com uma defesa saudável em ambos os níveis. O objetivo, em ambos os níveis, é o ponto médio entre a abertura total e o fechamento absoluto.
Analogamente, partindo do indivíduo, transportando-nos para as empresas, pode-se dizer que as metástases do câncer e as sucursais de muitas empresas ainda, têm objetivos análogos. Elas se esforçam para colocar o máximo possível de seu próprio programa sem dar a menor chance às forças locais.
O padrão do câncer não confirma o de nosso mundo apenas em grandes traços, podendo ser seguido em detalhe para aqueles que tem olhos para vê-lo.
Quando se considera a Terra como um todo, a maneira como por toda parte ela é cancerigenamente devorada, saqueada impiedosamente e privada de sua capacidade de reação, a imagem correspondente àquela de um corpo que sucumbiu ao câncer. Como a nossa Terra continua tentando regenerar-se e se defende energeticamente do gênero humano, ainda há esperança para ela.
Mas não somente os princípios de nossa maneira de pensar no que se refere à Terra assemelham-se àquela da célula cancerígena, nós compartilhamos, também, um lapso decisivo, ou seja, não medimos as consequências de nosso comportamento: a morte de todo o organismo implica, inevitavelmente, na morte de todas as suas células, inclusive as do câncer. Exatamente como o ser humano no mundo, seu destino estará sempre ligado ao corpo em que vive.
Sem a consciência de nossa origem na natureza e sem ter um objetivo no âmbito espiritual, corremos o perigo de nos tornarmos um câncer que não mais pode ser controlado. Nós já preenchemos todos os pré-requisitos necessários para tal...
(texto extraído e adaptado do livro: A Doença Como Linguagem da Alma – Rüdiger Dahlke)

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